Quando escolhi esse livro, já fui completamente mal-intencionada. Ele é de poesia e é breve. Um autor premiado e respeitado. A ideia era uma escolha segura e fácil. Para mim, um livro assim é o jeito mais fácil de me dar uns tapinhas nas costas. Sabe quando você precisa de uma pequena vitória? Exato. As … Continue lendo Que o amor nos defenda
Autor: Amanda Coca
A cerimônia do imperador
Tirar o sapato é sagrado. Só me sinto em casa sem sapato. Nada de chinelo, sapatilha, pantufa, não. Todos os dias, quando chego em casa, a primeira coisa que faço é tirar o sapato. Antes dos olás, antes de tirar a chave da porta, antes de tudo. É pé no chão e fim. Faça sol … Continue lendo A cerimônia do imperador
Valsa noturna
Os dedos passavam de leve na madeira do corrimão. Ela andava devagar. A camisola de seda esvoaçava com o vento frio da noite. Quem diria que ela… Arrepiada, os dedos mal tocando na madeira, ela pensava em todos aqueles que se aproximaram dela. Homens tão diferentes e tão iguais. Por um momento, ela contou as … Continue lendo Valsa noturna
Caça-palavras
Hoje, estou sem voz, rouca como só uma noite na rua pode fazer. O som falha. Mas a música já toca. O ar continua frio. O piano desliza. As palavras somem, vão e não voltam. Nem escritas, nem faladas. Escrever sobre não escrever é praticamente reescrever tudo que já foi dito sobre isso. E seguimos … Continue lendo Caça-palavras
Outra hora
Às vezes paro para pensar o que seria de nós se os tempos mudassem. Se de repente, vinte anos à frente estivéssemos. Ou quarenta anos atrás. Viver cinco minutos que não são os que vivemos agora. A vida seria tão diferente? Nós seríamos diferentes? Em uma questão de segundos presentes, acredito que tudo seria imensamente … Continue lendo Outra hora
Cúmulo
Já fazia muito tempo que não chorava. É verdade que tentava um pouco a cada oportunidade que se apresentava. De cebolas a bocejos, de filmes à cenas da realidade. Tudo era motivo para o choro, que nunca acontecia. Como lidar com a negativa tão urgente e inegável que se apresenta sempre que não a queremos? Tentava … Continue lendo Cúmulo
Outono multicor
Outono. Seja bem-vindo. Minha estação favorita do ano, sem o abafamento do verão, ou a secura do inverno, as alergias da primavera... Outono me traz a lua enquanto ainda é de tarde, na hora do café. Num virar de olhos, vejo o sol, vejo a lua, e vejo todas as nuvens e tons de azul … Continue lendo Outono multicor
Pedestal
Às vezes me sinto boba de ainda ter esse blog. Esse site com nome de palavra que bebê fala. Tenho vontade de radicalizar e postar apenas giffs de celebridade e comentários com maiúsculas minúsculas maiúsculas caretas desenhos selfies gatos cachorros balões mais selfies e chicletes uma maquiagem o mozão de caramelo e o mozão de … Continue lendo Pedestal
25 de janeiro
25 de janeiro. O dia do tão aclamado começo. Há 25 anos, há 30 anos. Há 462 anos. Procuro por fontes me contando o começo de uma história que gosto tanto de ouvir. Quem se aproximou primeiro? Quem previu? De onde veio o primeiro? O início foi pequeno e tímido, ou foi esplêndido logo de … Continue lendo 25 de janeiro
Seu amor que nem chiclete
“Seu amor que nem chiclete”, dizia a placa. Pensei que, realmente, esse ramo está precisando de inovação, a concorrência é grande. O mundo já tem 7 bilhões de pessoas. Difícil achar um amor, e quando achamos, um que fique com a gente. Completamente compreensível. Que nem chiclete. Foi bem humorado, um chute bonito, não? Nada … Continue lendo Seu amor que nem chiclete